domingo, 31 de dezembro de 2023

BRICS

Em 2001, sob a configuração da Nova Ordem Mundial, o economista  inglês Jim O’Neill criou a sigla Bric para se referir aos quatro países que, segundo se previa na época, apresentariam as maiores taxas de crescimento econômico do planeta nas primeiras décadas do século XXI: Brasil, Rússia, Índia e China.

Em 2006, esses países formaram uma associação política e comercial, a fim de aumentar seu espaço de atuação e seu papel econômico em escala global. Com a inclusão da África do Sul no  grupo, em 2011, a sigla passou a ser Brics – o “s” vem de South Africa, o nome oficial da África do Sul em inglês.

Os países que compõem o Brics apresentam algumas características em comum, como um mercado consumidor em crescimento, mão de obra disponível e com possibilidade de maior qualificação, recursos naturais em abundância, capacidade de atrair investimentos externos, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e elevação dos níveis do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Reunidas essas condições, e salvaguardadas as diferenças culturais, para Jim O’Neill, o conjunto garantiria aumentos recordes de crescimento econômico.

Nos últimos anos, esses países, com exceção da África do Sul, apresentaram índices de crescimento substanciais. No entanto, em 2016, apesar de a Índia ter mantido seu crescimento, a Rússia, o Brasil, a África do Sul e a China registraram desaceleração de suas economias.

A importância internacional do Brics representa uma grande modificação da influência dos países-membros nas decisões globais, que, até então, limitava-se às potências, como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá.

O Brics tem buscado formas de solucionar problemas gerados pelos subsídios que muitos governos dos países ricos concedem a seus próprios produtores. Para isso, criaram um banco de reservas financeiras destinado a socorrer os países-membros do bloco em dificuldade econômica.

Nesse pacto, também existe o cooperativismo nas relações entre os países, com ajuda científica, acadêmica, cultural, etc. Ao instituir um polo alternativo de poder, o Brics espera criar soluções para a distorção do sistema econômico, que enriquece os países mais ricos e mantém os pobres na miséria.

 O Banco do Brics 

Em uma reunião do Brics – bloco de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – realizada em Fortaleza, em 2014, os representantes desses países decidiram criar o Novo Banco de Desenvolvimento. Trata-se de uma alter nativa ao modelo que tem no FMI e no Banco Mundial os principais financiadores de países. Sua meta é apoiar projetos de infraestrutura nos países que integram o bloco. Foram destinados aos seus cofres 50 bilhões de dólares inicialmente, podendo che gar a 100 bilhões. Por ano, estima-se que um terço do capital inicial seja destinado a financiamentos nos primeiros anos de funcionamento. A origem dos recursos é a seguinte: 41% da China, 18% do Brasil, 18% da Rússia, 18% da Índia e 5% da África do Sul. A sede do banco é em Xangai, na China, cuja presidência é rotativa, com du ração de cinco anos, de acordo com a seguinte ordem: Índia, Brasil, Rússia, África do Sul e China. O banco tem um Conselho de Administração, presidido pelo Brasil, e um Conselho de Governadores, presidido pela Rússia. A África do Sul sedia o primeiro escritório regional do banco e outros países poderão ingressar no futuro, mas os sócios iniciais terão de manter em conjunto o controle sobre, no mínimo, 55% do banco.

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