terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Índia

Do mesmo modo que a China, a Índia descende de antigas civilizações, cujos preceitos e modos de vida ainda exercem grande influência sobre a população. O hinduísmo, religião professada por mais de 80% da população indiana, define o in divíduo a partir de sua hereditariedade, baseando-se em um sistema de castas, o que para alguns estudiosos é uma das razões da manutenção das desigualdades sociais da Índia. Apesar de abolido pela Constituição promulgada após a independência do país, que ocorreu em 1947, o sistema de castas persiste, por força da tradição.
A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com aproximadamente 1,3 bilhão de habitantes. O país apresenta também uma elevada densidade de mográfica, com cerca de 400 habitantes por quilômetro quadrado. Atualmente, a Índia é uma das maiores economias da Ásia e vem registrando expressivo crescimento econômico, mas ainda está distante de melhorar a vida de boa parte da população. Cerca de 300 milhões de indianos vivem abaixo da linha da pobreza e, em 2020, o país ocupava a 131a posição no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), considerando 189 países. 
Essa realidade é parcialmente explicada pela elevada desigualdade social: cer ca de 1% da população indiana concentrava, em 2020, 40% da riqueza total do país. Dessa forma, são muitos os desafios socioeconômicos que a Índia enfrenta.

Divisão social e mobilidade 

A divisão da sociedade em castas hierarquizadas tem uma história muito an tiga, uma vez que se origina do hinduísmo, uma religião milenar. Na Índia atual, muitos hindus mantêm essa divisão social – principalmente em áreas menos ur banizadas –, perpetuando valores e costumes ancestrais. De acordo com a tradição, o sistema de castas não admite mobilidade social. Sua estrutura é piramidal, contendo milhares de castas divididas em quatro grandes grupos. Na base da pirâmide estão os sudras, que são os servos e os artesãos. Em seguida, vêm os vaixás, que são os comerciantes e os camponeses. Depois aparecem os xátrias, casta formada pelos militares. No topo estão os brâmanes, casta constituída por sacerdotes e estudiosos. Já os párias, também chamados de dalits ou intocáveis, realizam tarefas consideradas menores, como serviços de limpeza; não fazem parte das castas.
O sistema de castas vem de Brahma, divindade criadora do Universo. Segundo a crença, os brâmanes nasceram da cabeça de Brahma; os xátrias, dos braços; os vaixás, das pernas; e os sudras, dos pés da divindade.
O pertencimento a cada cas ta é definido pelo nascimento e por hereditariedade. A proibição do casamento entre pessoas de diferentes origens torna impossível a mudança de casta ao lon go da vida. A consequência mais evidente desse sistema é a per petuação da desigualdade social.
Muitos indianos, porém, questionam essa tradição, principalmente aqueles que Banco de imagens/Arquivo da editora vivem em grandes centros urbanos. Por sua vez, o governo tem implementado políticas públicas, como a criação de cotas em universidades, com o objetivo de facilitar a mobilidade social. 
Mesmo sendo poucos os casos, já existem indianos de castas inferiores em papel de destaque na Índia atual. São pequenos avanços, mas a questão das cas tas e da discriminação social ainda é um dos grandes desafios para o futuro da maioria dos indianos. 

A formação da República da Índia

O território da Índia foi definido em 1947, após a Segunda Guerra Mundial. A colônia britânica dessa porção asiática compreendia Índia, Paquistão e Bangladesh e era habitada por etnias e grupos religiosos diversos, dois deles majoritários: os muçulmanos e os hindus. Suas fronteiras são resultantes do processo de independência, que deu origem ao Paquistão — que se dividia em Paquistão Ocidental (atual Paquistão) e Paquistão Oriental (atual Bangladesh) e abrigava a maioria muçulmana — e à Índia, de maioria hindu. Bangladesh tornou-se independente em 1971 após a luta pela libertação do Paquistão, apoiada pela Índia. Desde a independência, Paquistão e Índia não resolveram suas questões de fronteira, responsáveis por três guerras entre os dois países. A raiz dos conflitos é a Caxemira, região de maioria muçulmana, mas sob o domínio da Índia. Na primeira guerra pela disputa da Caxemira entre Paquistão e Índia, entre 1947 e 1949, a região ficou dividida. Sua maior parte, onde estão os vales férteis e as nascentes de rios importantes, ficou sob o controle do governo indiano. O grande líder da independência da Índia foi Mahatma Gandhi, que pregava uma revolução sem violência, baseada no conceito de desobediência civil, que consistia na não obediência às leis consideradas injustas como forma de protesto e de desestabilização do poder do Estado. Apesar disso, Gandhi não conseguiu controlar a insatisfação de milhões de pessoas com a administração britânica e atos de violência e atentados terroristas foram frequentes durante a luta contra o Reino Unido.

Economia indiana


Com o fim do domínio inglês a partir de 1947, a Índia passou por muitas trans formações. A economia se diversificou com o aumento do número de indústrias e com alterações na agricultura e no setor de serviços. A industrialização indiana apresenta semelhanças com a brasileira. Ela se baseou na substituição de importações, ou seja, deu-se prioridade à instalação de fábri cas que pudessem produzir mercadorias consumidas no próprio país e que antes eram importadas do Reino Unido. 
Após essa fase inicial, o governo passou a investir em infraestrutura, como a construção de ferrovias. Para produzir trilhos e trens, dois setores foram impulsio nados: a siderurgia e a metalurgia.
A maioria da população indiana vive no campo (cerca de 64%) e quase meta de trabalha em alguma atividade ligada à agricultura (aproximada mente 47%). No entanto, as cidades indianas vêm crescendo rapidamente. Por um lado, esse processo amplia problemas sociais e ambientais urbanos. Por outro, vem esti mulando a indústria e o setor de comércio e serviços, que respondem por apro ximadamente 75% da riqueza gerada no país atualmente. 
A Índia tem despertado atenção pela prosperidade de sua economia, cada vez mais importante no contexto mundial. Também chama a atenção o caminho seguido para seu desenvolvimento nas duas últimas décadas. O país fez investimentos bem-sucedidos em tecnologia e formação profissional. Formou milhões de engenheiros e soube criar oportunidades singulares na economia globalizada. A partir dos anos 1990, a Índia promoveu grandes transformações em sua estrutura econômica e integrou-se com sucesso ao mercado internacional. Os mecanismos que apoiaram o crescimento da participação indiana na economia mundial são semelhantes aos aplicados pela China: subvalorização da moeda (rúpia), baixo custo da mão de obra, criação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) e incentivos do governo. Grandes investimentos para melhorar a infraestrutura de telecomunicações e de transportes também vêm sendo realizados, sobretudo no setor rodoviário.

 Agricultura 

Na década de 1950, uma série de técnicas agrícolas foi introduzida no país, iniciando a chamada Revolução Verde, que consistiu na modernização da agricul tura pelo uso de agrotóxicos, máquinas agrícolas, novas variedades de sementes e técnicas de irrigação em vastas áreas com monocultura.
Com a mecanização da agricultura, muitos empregos foram perdidos nas áreas rurais da Índia, resultando na migração das pessoas para áreas urbanas, uma das razões para a formação de enormes favelas em cidades como Mumbai e Nova Délhi, capital da Índia. Estes são os centros urbanos mais populosos do país e estão entre as maiores megacidades do mundo. O uso de sementes e agrotóxicos importados aumentou o custo de produção. Houve também uma concentração das terras, que contribuiu para expulsar tra balhadores do campo.

Exportação de serviços

Um traço de originalidade da economia indiana está relacionado ao setor de serviços. Empresas indianas contam com mão de obra com fluência na língua inglesa, qualificada para prestar serviços de natureza variada para empresas estadunidenses, inglesas e até mesmo brasileiras. Empresas de qualquer parte do mundo que não desejam criar um setor específico para atividades e processos que não pertençam a seu negócio principal (como a contabilidade, o recolhimento de impostos, a elaboração da folha de pagamentos) podem repassá-los a empresas instaladas na Índia. Os call centers, por exemplo, prestam serviços de informação ao cliente e suporte técnico ao consumidor, a distância. A prestação de serviços é um produto de exportação da Índia. Tudo é feito com a tecnologia da informação. Outro destaque da nova fase da economia indiana são as empresas de desenvolvimento de software. O setor conta com amplo apoio governamental, por meio de incentivos fiscais e investimentos públicos na formação de profissionais. Bangalore, um dos tecnopolos da Índia, tem mais engenheiros que o Vale do Silício, na Califórnia. São profissionais igualmente qualificados, mas que recebem remuneração bem inferior em comparação aos salários pagos nos Estados Unidos. Outra cidade que se destaca nesse setor é Hyderabab. A Índia é hoje o maior exportador de software do mundo.
Na área de entretenimento, o cinema tem grande destaque: é o país que mais produz filmes no mundo. Bollywood, situado em Mumbai, é a segunda maior indústria cinematográfica, superada apenas pela produção dos Estados Unidos.

Principais setores industriais

Nas décadas de 1960 e 1970, o governo proibiu a presença de empresas estrangeiras no país, como forma de incentivar o desenvolvi mento de indústrias locais. Mas, a partir de 1980, passou a autorizar os investimentos externos, que foram realizados nos setores de produção de automóveis, geração de energia, turismo e infraestrutura. Ao mesmo tempo, as empresas do país prosperaram e conseguiram desenvolver a produção de bens de consumo, como auto móveis, que são fabricados tanto para o mer cado interno como para exportação.
Entretanto, foi a partir da década de 1990 que a Índia passou a se destacar no mundo. O país tornou-se fornecedor de mão de obra qualificada. Muitos jovens indianos foram re crutados por universidades e empresas esta dunidenses e europeias para desenvolver pro gramas de computador. Estima-se que o país tenha cerca de 1,5 milhão de programadores, que atuam em empresas nacionais e estran geiras. Muitos desses jovens retornaram ao país e criaram empresas inovadoras, que de senvolvem programas de computador e robôs, usados na automação da produção industrial de muitos países.
 
A indústria farmacêutica também faz parte do desenvolvimento econômico recente da Índia. Inicialmente produzia drogas genéricas, depois começou a desenvolver e produzir drogas de combate a aids e transformou-se no principal fornecedor desses medicamentos aos países mais pobres. Atualmente os laboratórios indianos têm investido em pesquisa e desenvolvimento e elevaram as empresas desse setor ao patamar de produção do mundo desenvolvido. A indústria automobilística é também importante e começa a ganhar maior projeção internacional. Além de diversas empresas multinacionais do setor instaladas na Índia, o país tem indústrias nacionais, como a Mahindra e a Tata Motors. Esta, de maior destaque, atende a quinta parte do mercado indiano e exporta para diversos países asiáticos. Em 2008, ela lançou o automóvel mais barato do mundo e comprou a Land Rover e a Jaguar. Em 2018, o país se tornou o quarto maior produtor mundial de veículos automotivos. A Índia também disputa a liderança mundial na produção de aço. Os dois recursos minerais básicos para a siderurgia, carvão mineral e minério de ferro, são extraídos em quantidade suficiente para atender ao consumo atual das empresas indianas. As maiores jazidas de ferro estão em Goa, que, além de suprir o mercado doméstico, é responsável por 40% das exportações do país.

A sociedade

A Índia é o segundo país em população do mundo. Apesar de ser o sétimo em extensão territorial, aproximadamente 1,3 bilhão de habitantes vivem em uma área de 3.287.263 quilômetros quadrados, equivalente a cerca da terça parte do território chinês. Tais fatores fazem da Índia o país de maior densidade demográfica, com mais de 400 habitantes por quilômetro quadrado. A maior parte dos indianos depende do trabalho agrícola, embora cerca de 75% da renda do país seja gerada por atividades urbanas: indústria e serviços. O crescimento econômico acelerado ainda está distante da possibilidade de melhorar a vida de boa parte dos indianos. Cerca de 300 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza e lutam diariamente pela sobrevivência. A desigualdade social é alarmante.

Indicadores sociais 

Os indicadores sociais indianos não melhoraram da mesma forma que os eco nômicos. Em 2016, a expectativa de vida era de 68,5 anos. A média de anos de estudos era de 6,3 anos, ou seja, pouco mais da metade do Ensino Fundamental, se considerarmos um ciclo de 8 anos, como ocorre em muitos países. Quando se analisa esse dado em termos de gênero, as mulheres tinham 4,8 anos de estudo em média, e os homens, 8,2 anos, em 2016, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2017.
Com elevada pobreza, a Índia enfrenta desafios para melhorar a qualidade de vida de sua população.  Em 2016, 27,8% da população estava em extrema pobreza, segundo o mesmo relatório.

Grupos religiosos

Dentre as religiões praticadas na Índia, destacam-se, pelo número de adeptos, o budismo e o bramanismo ou hinduísmo. O budismo corresponde mais a um sistema ético-filosófico do que propriamente a uma religião. Surgiu na Índia, mas acabou se difundindo, com diversas ramificações, entre alguns povos asiáticos. O hinduísmo é praticado predominantemente na Índia, com adeptos também nos países vizinhos. A religião hindu é resultante de uma combinação de culturas. Essa combinação criou o sistema de castas, que, apesar de ter sido extinto por lei, até hoje é adotado em seus princípios básicos pela sociedade indiana. As castas são grupos sociais cujos membros pertencem à mesma etnia, profissão ou religião. Sendo uma classificação hereditária, que passa de pai para filho, nesse sistema são proibidos o casamento entre pessoas de castas diferentes e a mobilidade de uma casta para outra. Além disso, não há igualdade de direitos, ou seja, algumas castas gozam de privilégios, e todas obedecem a uma hierarquia que as classifica em categorias mais elevadas ou inferiores. Vários são os aspectos considerados na classificação das castas. Entre os mais importantes estão: o trabalho, o local de habitação na cidade e a língua. A sociedade hindu divide-se em quatro castas principais: os brâmanes (monges), os xátrias (guerreiros), os vaixás (comerciantes e artesãos) e, na base da pirâmide, os sudras (camponeses).
Compõem também a sociedade hindu os párias (dalits), que são considerados impuros pelas outras castas e exercem atividades de baixa remuneração, como as funções de coveiro e faxineiro. A partir da década de 1990, as castas inferiores vêm obtendo alguns avanços, como a aquisição de propriedades, aumento de renda e melhores empregos no serviço público, além de eleger representantes na política. Essas conquistas têm levado a choques com as castas superiores, que se sentem ameaçadas.

 Influência regional, potência mundial? 

A importância regional da antiga “Joia da Coroa”, como era denominada a Índia quando ainda era colônia inglesa, entre 1858 e 1947, deve-se a vários fatores. O principal foi sua confirmação como po tência nuclear, tendo desenvolvido de forma autônoma seu projeto desde 1974 e consolidado seu poder armamentista a partir dos testes com mísseis atômicos em maio de 1998. 
O país é banhado pelo oceano Índico, tendo a leste o golfo de Bengala e a oes te o mar Arábico. A posição geográfica – que dá ao país duas costas e enorme faixa litorânea – faz parte dos elementos que determinam sua influência regional. Além disso, seu território é extenso, com 3 287 260 km2, e pode aumentar, caso as áreas que o país reivindica junto ao Pa quistão e à China sejam incorporadas.

A Índia chegou a mais de 1,32 bilhão de habitantes em 2016, de acordo com o Relatório do Banco Mundial em 2017. Do ponto de vista socioeconômico, a Índia destaca-se por possuir a maior classe mé dia do mundo, estimada em cerca de 250 milhões de habitantes, o que lhe ga rante um importante mercado consumi dor interno, abastecido por empresas locais e por grupos estrangeiros. Também é considerada a maior democracia do pla neta, já que tem o maior colégio eleitoral do mundo, com cerca de 814,5 milhões de votantes em 2014.
O desenvolvimento científico e tecnológico indiano decorre do investimen to na formação de pessoas em nível superior. A Índia é um dos países com maior número de doutores e é considerada uma “exportadora de cérebros”, já que muitos de seus cientistas atuam em empresas de alta tecnologia no exterior, como aquelas ligadas à informática nos Estados Unidos. Além disso, tem capa cidade de gerar inovações tecnológicas em seu próprio território.
A cidade de Bangalore é chamada de Vale do Silício indiano por concentrar laboratórios, universidades e empresas voltadas para a inovação tecnológica. A Índia é apontada por muitos analistas como uma potência mundial emergente. Um conjunto de características contribui para essa condição, como a capacidade de produzir uma bomba nuclear, grande população e mercado consumidor. Além disso, possui multinacionais, principalmente no setor metalúrgico.

Rumos da economia indiana 

Nas últimas décadas, o setor industrial da Índia passou a enfrentar uma série de dificuldades, como a escassez de capital para novos investimentos, a necessi dade de ampliação da infraestrutura (redes de transporte, energia e comunicações) e a baixa qualificação da mão de obra. 
Na tentativa de superar esses problemas, o governo indiano recorreu a em préstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo que se subordinar às regras e à política econômica impostas por esse organismo. Em troca da ajuda financeira, a Índia se viu obrigada a promover, a partir da década de 1990, maior abertura da economia, eliminando barreiras alfandegárias, diminuindo o protecionismo e concedendo maior liberdade às importações e ao capital exter no, como ocorreu em vários países da América Latina.
Com isso, o modelo de economia mista, até então praticado no país, vem sendo, aos poucos, substituído pela economia de mercado, cada vez mais in serida no capitalismo global. Essas medidas provocaram o reaquecimento da economia indiana, sobretudo com a expansão da atividade industrial, que tem apresentado crescimento anual médio de cerca de 7,5% nos últimos anos. Um dos principais motivos desse crescimento é a implantação de grandes multina cionais no país. Essas empresas são atraídas para a Índia principalmente em razão da oferta de mão de obra abundante a baixo custo e do gigantesco mer cado consumidor do país. 
A entrada de grandes empresas multinacionais na Índia tem exigido do Estado vultosos investimentos em infraestrutura, sobretudo em usinas gerado ras de energia elétrica, estradas, pontes, viadutos e terminais intermodais de transporte. Exemplo desses investimentos é o chamado Quadrilátero Doura do, um conjunto de rodovias que une as quatro grandes metrópoles indianas (Nova Délhi, Calcutá, Chennai e Mumbai). Trata-se do mais ambicioso projeto de modernização do setor de transporte, e sua execução consumiu cerca de 40 bilhões de dólares. São aproximadamente 6 mil quilômetros de rodovias em pista dupla, com a mais alta tecnologia disponível no mundo, o que deverá revolucionar a economia indiana nos próximos anos.

Conflitos na Índia

Muitos conflitos têm origem em rivalidades étnicas e diferenças de caráter religioso, mas, fundamentalmente, são disputas territoriais, econômicas e de poder. Diversos líderes políticos manipulam a população, apropriando-se do discurso religioso para respaldar suas ações contra outros países. Fonte: elaborado em base em Embaixada da Índia. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2016. As disputas de maior projeção estão concentradas em dois estados, a Caxemira e o Punjab. A região da Caxemira, no norte da Índia, ultrapassa as fronteiras do país e estende-se por terras da China e do Paquistão. O Paquistão e a guerrilha muçulmana separatista querem anexá-la ao país. Além da localização estratégica, na fronteira da China, o controle da Caxemira significa dispor de nascentes, das águas do curso médio do rio Indo e de vales férteis apropriados à atividade agrícola. Na região do Punjab, também no norte da Índia, desenvolve-se outro foco de conflito, entre os sikhs — minoria étnica seguidora de uma seita própria que difunde elementos do islamismo e hinduísmo — e os hindus. Os sikhs lutam pela independência e pela formação do Estado do Kalistão. A perseguição aos sikhs intensificou-se em 1984, após a morte da primeira-ministra indiana Indira Gandhi, assassinada por membros de sua guarda pessoal e adeptos da seita sikh. O provável motivo do assassinato teria sido o fato de Indira Gandhi ter ordenado a invasão do Templo Dourado de Amritsar — local sagrado para os sikhs, onde se reunia a cúpula do movimento separatista — resultando na morte de 450 pessoas.

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