Em 1964, os palestinos fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), tendo Yasser Arafat (1929-2004) como um de seus principais líderes.
Organização política fundada durante a reunião do I Congresso Nacional Palestino em 1964. Reúne a maioria das organizações que se fundaram durante o processo de criação do Estado de Israel com o objetivo de estabelecer um Estado palestino na zona.
Com sede dupla na Jordânia e no Líbano, realizou ataques terroristas contra Israel até o momento da sua cisão entre moderadores e radicais.
Al-Fatah, organização da resistência palestina contra Israel. Fundada em 1959 por Yasser Arafat, em 1967 integrou-se na Organização para a Libertação da Palestina, da qual Arafat foi eleito presidente no ano de 1969. Na década de 1980 a OLP abandonou a estratégia terrorista e acentuou a sua estrutura política, da qual Al-Fatah constitui um dos grupos hegemônicos.
Após alcançar a hegemonia, os moderados, chefiados por Y. Arafat, iniciaram em 1992 um processo de conversações com o Governo israelense, que conduziria à realização de um tratado de paz em 1993, no qual se reconhecia Arafat como representante legítimo do povo da Palestina e se definiu a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
O líder palestino Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin (1922- -1995), assinaram um primeiro acordo de paz em setembro de 1993. Nesse acordo, a OLP reconhecia o Estado de Israel, e o governo israelense aceitava a formação de um Estado palestino. Após esse acordo, formou-se o primeiro governo palestino autônomo (a Autoridade Nacional Palestina), com sede na cidade de Ramallah, que fica próximo a Jerusalém. Entretanto, o assassinato de Yitzhak Rabin, em 1995, por um judeu fundamentalista, fez a negociação retroceder.
Apesar dos esforços realizados não progrediu no sentido de restaurar a paz e a violência acabou por voltar a fazer-se sentir em 2000. A segunda intifada ameaçou o apoio majoritário à OLP, favorecendo organizações radicais como o Hamas. A subida ao poder em Israel de A. Sharon em 2001 provocou uma inversão de sentido no processo de paz. Em 2003, Abu Mazen, militante histórico da OLP, foi eleito primeiro-ministro da ANP mas demitiu-se pouco tempo depois e foi substituído por Abu Ala. Palestinos e israelenses, com os EUA, UE, Rússia e a ONU investigam a aplicação do denominado "Roteiro de Paz", documento que tem como objetivo a pacificação da zona através da criação de um Estado Palestino.
Em 2004, Arafat morreu e a Autoridade Nacional Palestina passou a ser presidida por Mahmoud Abbas, que retomou o diálogo com os israelenses. Entretanto, as negociações entre israelenses e palestinos não avançaram rumo a soluções pacíficas e duradouras. Um dos pontos principais das desavenças é a situação de Jerusalém, cidade considerada sagrada por judeus, muçulmanos e cristãos. Enquanto os palestinos pretendem transformar a parte oriental de Jerusalém na capital de seu futuro Estado, os israelenses não querem abrir mão do controle sobre toda a cidade e, também, pretendem tornar Jerusalém a capital de Israel. Para isso, os israelenses contam com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.