A economia asiática é bastante diversificada e marcada pela presença de países com alto nível de desenvolvimento industrial, comercial e de serviços, que são setores característicos das áreas urbanas, e de países predominantemente rurais.
Agropecuária nos países asiáticos
A agropecuária é fundamental para a população dos países asiáticos, pois é uma importante fonte de renda e de subsistência para muitas famílias que vivem nas áreas rurais e de produção de alimentos para os habitantes das grandes cidades do continente.
Tradicionalmente, a agropecuária asiática é realizada de forma intensiva nas planícies férteis dos grandes rios. Essa atividade é bastante diversificada e varia conforme as condições naturais, o nível da tecnologia empregada e a destinação dos produtos.
As plantações geralmente são irrigadas por águas pluviais e fluviais. De forma geral, os principais cultivos são: arroz, beterraba, chá, leguminosas, tubérculos, trigo e outros cereais.
A agricultura de jardinagem, sistema agrícola intensivo amplamente utilizado nas regiões montanhosas da Ásia Meridional e do Sudeste Asiático, sobretudo para o cultivo do arroz.
Assim como a agricultura de jardinagem, a pecuária extensiva de bois, porcos, ovelhas e búfalos geralmente utiliza mão de obra familiar e técnicas tradicionais. A carne e os demais produtos de origem animal são predominantemente destinados ao sustento das famílias. Esse tipo de atividade está presente em alguns países do Oriente Médio e da Ásia Central.
Apesar da pouca disponibilidade de mão de obra rural e de terras cultiváveis em virtude das condições naturais e da pequena extensão territorial, Israel e Japão se destacam entre os países da Ásia pela elevada produtividade agrícola.
O emprego intensivo de técnicas e equipamentos modernos, como drones, robôs e sistemas de irrigação eficientes, em cultivos diversificados, como frutas, cereais, legumes e verduras, possibilita grande produtividade em extensões pequenas de terra. Os elevados investimentos em pesquisa científica e tecnologias e a cooperação dos agricultores locais são os principais fatores responsáveis pelo sucesso do sistema agrícola desses países.
Indústria asiática
A diversidade socioeconômica da Ásia é uma consequência do grau de industrialização de cada país. O desenvolvimento desse setor foi bastante expressivo no continente no contexto da Guerra Fria.
Apesar de o Japão ter seu território duramente atingido na Segunda Guerra Mundial, pois era aliado da Alemanha e da Itália, no pós-guerra ele teve grande crescimento econômico. No país, que contava com um contingente de mão de obra especializada, disciplinada e capacitada, foram adotadas medidas protecionistas para resguardar seu desenvolvimento industrial.
Simultaneamente, o Japão recebeu investimentos dos Estados Unidos, na tentativa de impedir a ação soviética no país. Assim, em pouco tempo, o Japão se tornou a terceira economia mundial, com destaque para indústrias de alta tecnologia, sobretudo automobilísticas, navais e eletrônicas.
Nas décadas seguintes, outros países seguiram caminhos similares ao japonês, passando a destinar investimentos para a implantação de um parque industrial cuja produção, sobretudo de equipamentos eletrônicos, era destinada principalmente ao mercado exterior. O rápido crescimento industrial e a forte presença no cenário internacional caracterizaram Coreia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan, denominados Tigres Asiáticos.
Nos últimos anos, a China e a Índia vêm despontando como grandes potências econômicas. Esse crescimento está atrelado aos investimentos que têm sido realizados em diversos setores econômicos, especialmente na indústria, com destaque para a produção de automóveis, autopeças, materiais ferroviários, tecidos, equipamentos eletrônicos, aparelhos de comunicação, entre outros.
O crescimento industrial e econômico chinês e indiano tem sido possível em razão de alguns fatores, como disponibilidade de recursos minerais e energéticos e de fontes de matéria-prima para os sistemas produtivos, mão de obra abundante e barata, mercados consumidores interno e externo expressivos e investimentos em pesquisas, tecnologia e inovação.
As grandes reservas de recursos minerais e energéticos encontradas na Ásia são fundamentais para o desenvolvimento da indústria de base do continente, responsável por produzir matérias-primas utilizadas em setores mais avançados, como as indústrias de alta tecnologia.
Países como a Rússia e a China se destacam na mineração. A produção de petróleo, minério de ferro e alumínio, por exemplo, é destinada ao abastecimento das indústrias metalúrgicas e siderúrgicas nacionais. Outros países, como o Japão e a Coreia do Sul, devido à ausência de grandes reservas minerais, importam parte da matéria-prima utilizada nos diversos setores industriais internos.
A indústria alimentícia e de bebidas é uma atividade muito importante na Ásia, pois o continente tem o maior mercado consumidor do mundo. Parte da produção é fabricada nos países asiáticos, mas o continente também importa muitos itens. A China, por exemplo, estabeleceu diversas parcerias, inclusive com o Brasil, para o fornecimento de carnes, cereais e outros alimentos.
A indústria têxtil também é bastante significativa para a economia asiática e inclui todas as etapas da cadeia produtiva: desde a produção dos fios de algodão e dos tecidos até a confecção de roupas e calçados. Geralmente, os produtos têxteis são destinados ao mercado externo e fabricados em países cuja mão de obra é muito barata, como China, Paquistão, Bangladesh, Camboja e Filipinas.
Comércio e serviços
Os diferentes tipos de comércio e de prestação de serviços são as atividades econômicas que atualmente mais contribuem para a geração de empregos e renda no mundo todo.
Além do comércio - incluindo aquele realizado por meio da internet -, o setor terciário é composto de uma enorme variedade de serviços. Educação, saúde, transporte público, logística, turismo, informática, finanças, telemarketing, alimentação, lazer, esportes, beleza, direitos público e privado e gestão urbana são alguns exemplos.
A importância do setor pode ser dimensionada com base no percentual de sua participação no PIB de cada país. Nos países do sul da Ásia, por exemplo, os serviços correspondem a 50% do PIB. Esse percentual vem subindo desde a década de 1970.
Em países como a Rússia e o Cazaquistão, os serviços correspondem a mais de 55% do PIB nacional. No entanto, esses percentuais são inferiores quando comparados aos das economias europeias.
Os dados das vendas de produtos na internet evidenciam a importância do setor comercial para a economia do continente asiático.
Nos últimos anos, esse segmento vem crescendo paulatinamente. Vestuário, alimentos, produtos eletrônicos e brinquedos estão entre as principais mercadorias consumidaspela população asiática que faz compras virtualmente.
Oriente Médio
Em decorrência de sua localização, essa área é considerada uma região estra
tégica no espaço geográfico mundial,
pois, além de servir como ponto de junção entre os continentes europeu, africa
no e asiático, estabelece conexão entre o
Ocidente e o Oriente. A maior parte de
seus países tem economia pautada na
exploração de petróleo, devido às gran
des reservas encontradas nessa região.
Ex-União Soviética
O espaço econômico dessa região, que abrange o leste da Rússia e países da
Ásia central que integravam a União Soviética, é organizado principalmente em
função da exploração de recursos minerais e energéticos, como gás, petróleo,
carvão mineral e ferro.
Os países da Ásia Central
mantêm certa dependência
política e econômica com re
lação à Rússia, mas recentes
aproximações com China e
Turquia têm diversificado as
parcerias comerciais na re
gião. Ainda assim, os indica
dores sociais de seus países
permanecem insatisfatórios.
Sul da Ásia
Entre os países dessa região asiática, apenas a Índia rompeu com o atraso eco
nômico e vem apresentando expressivo crescimento do seu PIB, proporcionado
em parte pela afirmação do setor da tecnologia da informação. Os demais países,
em geral, têm baixo nível de industrialização.
Com relação ao setor agrícola,
em muitos países do sul da
Ásia o espaço rural é organiza
do em função de grandes pro
priedades, onde são produzi
dos gêneros para exportação,
característica que representa
uma herança do período de co
lonização britânica na região.
Sudeste da Ásia
Com exceção de Cingapura, caracterizada como uma cidade-Estado com alto
nível de industrialização e desenvolvimento socioeconômico, os países dessa região
se destacam por apresentar baixo desenvolvimento socioeconômico e economias
dependentes das atividades do setor primário.
No entanto, alguns países
da região, como Indonésia, Filipinas e Vietnã, vêm se indus
trializando rapidamente e com
expressivo crescimento econô
mico no século XXI.
Leste da Ásia
Essa região abrange países que representam as principais economias do conti
nente, como China, Japão e Coreia do Sul. As nações se destacam pelo alto nível de
industrialização e desenvolvimento tecnológico e, principalmente no caso de Japão
e Coreia do Sul, por seus elevados indicadores sociais.
Também conhecida como
Extremo Oriente, nessa região
estão localizadas algumas das
principais cidades asiáticas, co
mo Pequim, Xangai, Tóquio,
Seul e Hong Kong, que, além
de populosas, abrangem par
ques industrias diversificados,
centros financeiros entre os
mais importantes do continen
te e alguns dos maiores portos
e aeroportos do mundo.
A Índia
A Índia, assim como Paquistão
e Bangladesh, foi colônia da Ingla
terra durante aproximadamente
89 anos. Esse foi um dos principais
exemplos da hegemonia europeia
exercida na Ásia. Quando o país
se tornou independente, em 1947,
herdou uma infraestrutura de trans
portes que incluía expressiva rede
ferroviária e indústria têxtil robusta.
Porém, em seus demais aspectos,
passou a se caracterizar como uma
economia atrasada e pouco indus
trializada.
Entre as décadas de 1950 e 1990, a Índia passou por um processo de industriali
zação baseada no modelo de substituição de importações, ou seja, de substitui
ção do consumo de produtos importados por mercadorias produzidas dentro do
próprio território. Esse processo contou com a participação incisiva do Estado, que
controlava diversos setores da economia.
Nesse contexto, qualquer tipo de mercadoria e a quantidade a ser produzida
pelas indústrias privadas necessitavam da licença do governo. Isso demonstrava
que, mesmo indiretamente, o controle estatal estava presente em todos os aspectos
econômicos da Índia.
Após 1991, no entanto, o país passou por reformas econômicas implantadas
gradativamente pelo governo, que proporcionaram uma redução de tarifas de im
portação e mais autonomia para a atuação das atividades industriais privadas. Destaca-se, nesse sentido, a formação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs),
destinadas a atrair investimentos estrangeiros no país e estimular as exportações
de bens industrializados. Investimentos expressivos também foram realizados em
infraestrutura, transportes, pesquisa e educação, o que elevou consideravelmente
a qualificação profissional dos jovens indianos.
Essas transformações resul
taram no desenvolvimento da
economia indiana. No gráfico da
evolução do PIB do país, verifica
mos um crescimento significativo
nas décadas finais do século XX.
Atualmente, a presença de polos
industriais de alta tecnologia, co
mo o de Bangalore, passou a ser
uma característica no país, com
destaque para o desenvolvimento
de softwares.
Atualmente, a Índia
exporta para cerca de 90 países es
se tipo de tecnologia.
O setor audiovisual indiano tam
bém cresceu de forma significativa:
Bollywood, a indústria cinema
tográfica do país, é atualmente a
segunda maior do mundo em seu
ramo, sendo superada apenas pela
indústria cinematográfica estadunidense.
Pobreza e desigualdade na Índia
Mesmo diante da política instituída em favor da ampliação de parques industriais
de alta tecnologia, o governo indiano não foi capaz de reverter a situação de pobreza
e desigualdade social do país. De acordo com dados de 2018, o sul da Ásia, onde está
localizada a Índia, concentra cerca de 29% das pessoas do mundo que vivem com
menos de 1,90 dólar por dia, ou seja, que vivem em situação de extrema pobreza.
Além disso, em 2018, aproximadamente 29% da população indiana era analfabeta
e a expectativa de vida não ultrapassava 68 anos.
Atualmente, a maior parte da população do país ainda vive no campo e traba
lha em atividades ligadas ao setor primário.
O processo de urbanização, contudo,
vêm ocorrendo de maneira acelerada, resultando na formação de grandes áreas
metropolitanas, como Nova Délhi e Mumbai, onde a segregação socioespacial e os
problemas sociais e ambientais são aspectos marcantes.
Em virtude de sua grande população, a Índia não possui recursos financeiros su
ficientes para investir e assegurar a toda a população uma infraestrutura adequada,
com programas de saúde e educação eficientes, que possam garantir ao cidadão
melhor qualidade de vida.
O Japão
Devido ao relevo predominantemente montanhoso, as poucas planícies (qua
se todas litorâneas) do Japão são intensamente ocupadas pela população, que se
concentra principalmente nos grandes centros urbanos do país. Destaca-se nesse
contexto a grande megalópole que vai de Tóquio a Kobe, formada pelo fenômeno
da conurbação.
O desenvolvimento econômico do Japão se consolidou após a Segunda Guerra
Mundial, impulsionado por investimentos da superpotência estadunidense, que se
preocupava com a ascensão do socialismo na Ásia durante os anos de Guerra Fria.
Os incentivos estadunidenses auxiliaram a recuperar o país, que surpreendeu as
economias mundiais por seu dinamismo industrial. Nesse contexto, empresas ja
ponesas passaram a se des
tacar pelo desenvolvimento
de novas tecnologias e siste
mas de produção industrial,
o que possibilitou a expan
são econômica do país.
Ao longo das décadas finais do
século XX, produtos industriais
japoneses, tecnologicamente
avançados, espalharam-se pelo
mundo e proporcionaram um ex
pressivo crescimento do PIB, que
não continuou a partir da década
de 2010.
No entanto, a qualidade de vida da população japonesa se elevou e a mão de obra
se tornou cada vez mais qualificada e valiosa. À medida que os custos da produção
se tornaram mais altos, muitas empresas japonesas passaram a investir em países
em desenvolvimento, onde instalaram suas unidades produtivas para explorar van
tagens como mão de obra barata.
No século XXI, a economia japonesa interrompeu seu longo período de cresci
mento acelerado. Nesse contexto, o país perdeu sua posição de liderança regional
e o posto de segunda maior economia do mundo para a China.
Uma das razões para a diminuição do ritmo do crescimento econômico japonês
são os elevados gastos orçamentários do governo com a população idosa, como os
investimentos em aposentadorias. A desaceleração da economia também provocou
o fechamento de muitas fábricas e, a partir de então, certos problemas sociais, antes
quase inexistentes, como o desemprego, têm se intensificado.
A China
A China é um dos países que, nos
últimos anos, tem atraído atenção no
cenário econômico e geopolítico inter
nacional. Atualmente, o PIB chinês é
o segundo maior do mundo, ficando
atrás apenas dos Estados Unidos. Seu
intenso crescimento econômico está
entre os mais dinâmicos do mundo, le
vando a economia chinesa a se tornar
a maior exportadora do planeta.
Com base em um ideal de “socialismo com características chinesas”, o país de
senvolve um sofisticado, e muito eficiente, “socialismo de mercado”. Essa fórmula
mista, na qual se mescla a estrutura política socialista com a economia de mercado
capitalista, tem lançado o país como uma das maiores potências econômicas e
geopolíticas do século XXI.
A atual fase de crescimento econômico e industrial chinês teve início com as reformas
econômicas efetuadas no país a partir de 1978, sob o comando do líder popular Deng
Xiaoping, e impulsionadas pela cultura empreendedora do povo chinês.
Afastada da influência soviética desde meados da década de 1960, a China não
tardou em iniciar uma abertura econômica baseada no livre mercado. O resultado
pode ser visto no avanço alcançado pelas indústrias chinesas, cujos produtos estão
espalhados pelo mundo. Atualmente, o país tem aproveitado o crescimento econô
mico para agregar maior nível tecnológico aos produtos exportados.
Ainda que o crescimento econômico da China tenha diminuído nos últimos anos,
ele se conserva maior que o de outras importantes economias do mundo, como
Estados Unidos e Alemanha.
Além disso, apesar de problemas como falta de abertura democrática, superexploração do trabalho
e degradação ambiental do país, o governo chinês tem aproveitado o crescimento
econômico para gerar melhorias nas condições de vida da população.
Os Tigres Asiáticos
Alguns países e territórios localizados no leste e no sudeste da Ásia alcançaram
expressivo destaque industrial a partir da década de 1970, ganhando a denomi
nação de Tigres Asiáticos. Esse termo faz menção ao desenvolvimento intenso e
contínuo desses países e à eficiência de suas economias nacionais, condições que
proporcionaram uma posição competitiva no comércio internacional, ampliando
suas exportações de produtos industrializados para novos mercados.
Mais recentemente, outros grupos de países se desenvolveram em um modelo
parecido, sendo possível identificar três gerações de Tigres Asiáticos.
• Em meados da década de 1970, eram quatro os países ou territórios que compunham os Primeiros
Tigres Asiáticos. São eles: Coreia do Sul, Taiwan, além das cidades-Estado de Cingapura e Hong
Kong (anexada à China desde 1997, mas mantendo sua autonomia administrativa interna).
• A partir da década de 1980, uma segunda geração, formada por Tailândia, Malásia e Indonésia,
passou a ser chamada de Novos Tigres Asiáticos.
• Por fim, no século XXI, Filipinas e Vietnã também passaram a se destacar pelo rápido crescimento
econômico e pela industrialização. Esses países são denominados, por alguns autores, Novíssimos
Tigres Asiáticos, constituindo, assim, a terceira geração.
A proximidade da economia japonesa foi um fator importante ao impulso inicial
desses países. Nas décadas após a Segunda Guerra Mundial, o Japão exercia nos
Tigres Asiáticos um papel mais ou menos semelhante ao exercido anteriormente
pelos Estados Unidos em sua economia: parceiro comercial, investidor externo e
financiador dos projetos de desenvolvimento.
Assim como ocorreu no Japão, a qualificação da mão de obra e a elevada quali
dade de vida aumentaram os custos de produção, tornando-os menos atrativos aos
capitais internacionais. Dessa maneira, o impulso do modelo de desenvolvimento
exportador se esgotou após algumas décadas, especialmente depois da crise que
atingiu a região em 1997.
No século XXI, embora os primeiros Tigres Asiáticos já
não se destaquem pelo elevado ritmo de crescimento econômico, atualmente os
países cujas economias crescem
mais rapidamente são os que
compõem a segunda e a terceira
geração desse grupo.
Economia: a Asean e a integração
regional
A Asean (sigla em inglês para Associação de Nações do Sudeste Asiático), criada
em 1967, tem sua origem contextualizada em meio à onda de descolonização no
leste e no sudeste da Ásia. Assim, seus objetivos iniciais ligavam-se à garantia da
soberania e da estabilidade política desses Estados recém-independentes, que, por
vezes, encontravam-se politicamente instáveis no período pós-Guerra.
No entanto, as transformações advindas da superação desse período da geopolí
tica mundial transformaram os objetivos geopolíticos e a funcionalidade econômica
do bloco, que até então contava apenas com a presença dos fundadores: Tailândia,
Filipinas, Malásia, Cingapura e Indonésia, além de Brunei, que se uniu em 1984.
A
partir de 1992, com a redução das tarifas alfandegárias,
A Asean se transformou em
uma zona de livre-comércio,
expandindo-se ao longo da
década em função da ade
são de países socialistas ou
ex-socialistas, como Vietnã,
Mianmar, Laos e Camboja.
Com a crescente influência da China nas economias nacionais e após uma crise
financeira que afetou a região em 1997, a estrutura de cooperação entre os países
foi alterada, além de ampliar sua abrangência para a China, o Japão e a Coreia do
Sul, mas sem atingir políticas comuns efetivamente concretas.
Em contraste com a integração comercial, impulsionada pelas empresas de ca
pital externo que fragmentam seus processos produtivos (instalando fábricas em
países distintos), esse bloco enfrenta diversos desafios para mais integração. Entre
eles, a importância atribuída pelos governos dos países-membros ao princípio da
soberania nacional e da não interferência, o que dificulta a criação de instituições
supranacionais capazes de encaminhar políticas comuns entre eles.