Seringueiro, ativista ambiental e sindicalista brasileiro. Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, nasceu no município de Xapuri, no Acre, em 1944. Ainda criança, aprendeu o ofício de seringueiro com o pai e, aos 9 anos, já trabalhava na floresta. Foi somente aos 20 anos que ele aprendeu a ler, uma vez que os proprietários dos seringais não permitiam escolas em suas terras.
Líder sindical desde 1975 com a
Fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasileia, seguiu carreira
política com o partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), pelo qual foi
eleito vereador além de ter ajudado a criar o partido. Posteriormente, se
tornou militante do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre. Participou de
palestras, seminários e congressos por todo Brasil, denunciando o desmatamento
das florestas e a exploração pelos fazendeiros trabalhadores da região Norte.
Chico Mendes começou a enfrentar problemas durante a ditadura militar. Grandes proprietários dos seringais exploravam os trabalhadores e desmatavam a floresta. Além de cometerem crimes ambientais, deixavam milhares de habitantes da floresta sem fonte de renda. Em 1975, Chico Mendes entrou para a luta sindical.
Com outros seringueiros, impediu o desmatamento por meio dos chamados “empates”, que consistiam no uso do próprio corpo para defender as árvores. Em 1979, Chico Mendes reuniu sindicalistas, religiosos e trabalhadores rurais para discutir os conflitos com os grandes fazendeiros. Foi preso pelos militares e recebeu ameaças de morte dos proprietários de seringais, fazendeiros de gado e madeireiros. Mesmo com as perseguições, Chico Mendes continuou sua luta pela preservação da Floresta Amazônica. Em 1982, assumiu a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri.
Obteve reconhecimento nacional e internacional em virtude da
sua luta a favor dos direitos humanos, inclusive o Global 500 da ONU, em 1987.
Em 1988 foi assassinado por seringueiros, tornando-se símbolo da causa
amazònica.
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