Apesar do bom nível de desenvolvimento socioeconômico da Europa, têm au mentado os índices de pobreza em alguns países do continente. Uma das principais causas dessa realidade foi o desemprego, que aumentou com a crise internacional iniciada em 2007. No entanto, a partir de meados da década de 2010, as taxas de desemprego começaram a cair. No conjunto dos países adotantes do euro, essa taxa média era de 8,6% no início de 2018 e, na União Europeia, de 7,3%, em média. Já na Grécia, era próxima de 20% e, na Espanha, pouco superior a 16%.
Os países da União Europeia vêm organizando estratégias para conter o de semprego. Entre as medidas que estão sendo propostas para criar empregos, des taca-se a adoção de políticas flexíveis de contratação. Na Itália e no Reino Unido (onde um plebiscito definiu a retirada do país da União Europeia), o trabalho au tônomo tem aumentado em virtude da terceirização na indústria e nos serviços.
Paulatinamente, por pressão das empresas, os trabalhadores vêm aceitando definir acordos de ampliação da jornada de trabalho sem aumento de salário ou acordos de redução da jornada com diminuição de salário, a fim de garantir seus empregos. Além disso, muitas empresas europeias optaram por investir em outros países e continentes, entre eles a China.
Todo esse processo de alteração na estrutura de produção e de empregos está sendo acompanhado pela deterioração das condições de trabalho e de vida das pessoas, mesmo nos países desenvolvidos, o que se traduz em queda dos salários reais, instabilidade no emprego e desemprego dos menos qualificados.
É claro que os critérios de classificação da pobreza nos países desenvolvidos da Europa são bastante diferentes dos padrões dos países em desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo. Pela definição da União Europeia, as pessoas conside radas “ameaçadas de pobreza” recebem menos de 60% do salário médio líquido pago em seu país. Na Alemanha, por exemplo, cujo salário médio é de 1.427 euros mensais, é considerado pobre quem recebe menos de 856 euros.
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