Diversos países têm interesse nas reservas de petróleo e gás natural do Oriente Médio, uma vez que muitos deles não apresentam esses recursos nos próprios territórios e necessitam importá-los para manter, por exemplo, seus níveis de produção industrial em patamares elevados.
Dessa forma, os países do Oriente Médio ocupam papel estratégico na geopolítica mundial.
Apesar de os Estados Unidos estarem entre os maiores produtores de petróleo do mundo, o governo desse país exerce forte influência e controle das reservas de petróleo no Oriente Médio. Os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas e militares diretas com alguns governos da região, como o da Arábia Saudita, o do Kuwait e o dos Emirados Árabes Unidos.
As atividades de exploração e refino de petróleo e de gás natural e as exportações desses recursos energéticos têm colaborado para o desenvolvimento econômico de muitos países da região.
Diversificação da economia
A grande riqueza gerada pela exploração dos recursos minerais e energéticos pode ser observada na paisagem das principais cidades dos países petrolíferos, como Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A infraestrutura e a oferta de serviços de luxo têm feito desses lugares dois dos principais destinos do circuito turístico global.
Disparidades socioeconômicas na região
Os países do Oriente Médio que não dispõem de reservas expressivas de petróleo e gás natural destinam seus investimentos vas ao desenvolvimento de outras atividades econômicas.
Israel, por exemplo, é um dos países mais desenvolvidos da região por deter um parque industrial bastante diversificado e um setor agropecuário que utiliza técnicas modernas e avançadas.
O setor industrial da Turquia (país euro-asiático do Oriente Médio) também é bastante desenvolvido, com destaque para a fabricação de tecidos e vestuários, alimentos, automóveis, produtos químicos, siderúrgicos e metalúrgicos, entre outros.
Países como o Afeganistão, cuja economia é mais vulnerável, dependem diretamente das atividades primárias, em geral com baixo uso de tecnologias nos sistemas produtivos. Esse panorama revela que o Oriente Médio apresenta grandes desigualdades econômicas, com países com grau elevado de riqueza e países dependentes do desenvolvimento das atividades primárias.
A economia petrolífera
no Oriente Médio
A economia de boa parte dos países do Oriente Médio está associada à abundância de petróleo na região.
Os grandes países produtores de petróleo do Oriente Médio
estão situados na região do Golfo Pérsico, tornando essa área o principal pilar de
sustentação das economias nacionais de países como Omã, Iraque, Irã, Catar,
Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Em 1960, a Venezuela e mais alguns países do Oriente Médio criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), instituição que reúne atualmen
te países do Oriente Médio, do Sudeste da Ásia, da África, além da Venezuela e do
Equador na América do Sul.
A Opep tem por função estipular metas comerciais
aos países-membros, controlando grande parte da produção e da exportação do
petróleo e fixando preços quando necessário.
Atualmente, muito se tem falado a respeito do esgotamento das jazidas petrolíferas no mundo, o que resultaria no “fim da era do petróleo”. Por esse motivo,
alguns países têm se forçado a diversificar suas economias nacionais, procurando
desenvolver outras atividades econômicas. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é
um exemplo dessa realidade. Atualmente, essa cidade vem se tornando um dos
grandes polos turísticos internacionais.
Contudo, mesmo com esse panorama, as reservas do Golfo Pérsico ainda são
bastante expressivas se comparadas às de outras regiões do globo, de modo que,
ao menos nos próximos anos, sua participação no abastecimento mundial de
petróleo tenderá a crescer. Caso isso se confirme, a situação resultante poderá
atribuir a esses países uma função cada vez mais estratégica, tanto do ponto de
vista político quanto do econômico.
Algumas economias petrolíferas do Oriente Médio, principalmente Arábia
Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, passaram por substanciais transforma
ções a partir da segunda metade do século XX.
Até então, esses países apresentavam indicadores econômicos entre os mais
baixos do mundo.
A estagnação e o baixo desenvolvimento desses Estados eram,
em parte, proporcionados pelas limitações naturais de seus territórios, marcados
pela presença de desertos e escassez de recursos hídricos, além de baixos investimentos no desenvolvimento econômico.
A descoberta de grandes reservas de petróleo, associada ao crescimento da
demanda internacional por esse produto, representou o ponto de mudança.
Parte dos recursos gerados pelas exportações petrolíferas foi voltada à promoção
de massivos investimentos públicos em serviços de transporte, educação e
saúde, assim como no desenvolvimento dos setores secundário e terciário de
suas economias.
Entre a década de 1990 e o início do século XXI, esses países também se desta
caram por diversos projetos ambiciosos de infraestrutura, como a construção de
edifícios de grande porte e cidades futuristas, que atualmente são conhecidas no
mundo todo.
Apesar da dependência de suas reservas petrolíferas, os elevados investimentos
em obras públicas e no setor privado têm ajudado a criar novas perspectivas
econômicas para esses países, cujos indicadores sociais atualmente se aproxi
mam cada vez mais dos verificados em nações desenvolvidas.
As economias não petrolíferas
no Oriente Médio
Nem todos os países do Oriente Médio têm a economia estruturada na explo
ração de petróleo. Alguns, como Turquia e Israel, destacam-se pela atividade
industrial e pelo considerável avanço tecnológico, especialmente no parque
industrial israelense.
Quanto à agropecuária, esses
dois países também se desta
cam, ainda que por razões dife
rentes. No caso da Turquia, a
maior parte de seu território
permite o cultivo de variados
tipos de cereais e frutas, enquan
to em algumas áreas mais
secas é desenvolvida a pecuária.
Já Israel se destaca pelos
altos índices de produtividade
agrícola, apesar do território
marcado pela prevalência dos
climas desértico e semiárido.
Na segunda metade do século XX, houve uma transformação no espaço rural
israelense, que contou com o apoio fundamental de tecnologias e novos modos
de produção. Complexos sistemas de irrigação foram criados para permitir o
desenvolvimento de cultivos agrícolas em áreas de deserto, potencializados por
uma organização produtiva que inclui fazendas comunitárias e cooperativas.
Contudo, os principais supri
mentos de água para Israel
advêm do Rio Jordão e dos
aquíferos localizados em seu
território. O uso excessivo des
sas águas para a irrigação tem
gerado impactos ambientais e
limitado o abastecimento de
água para o povo palestino,
intensificando as tensões na
região.
Em outros países do Oriente Médio, como Líbano e Jordânia, a exploração das
reservas minerais e o setor terciário, com destaque para o turismo (sobretudo no
caso da Jordânia), constituem atividades econômicas relevantes.
Já países como o Afeganistão e Iêmen, que representam os Estados menos de
senvolvidos do Oriente Médio, têm passado por diversos conflitos no último século,
fator que contribui para a queda de suas produções econômicas e da qualidade
de vida de suas populações.
Turquia e suas atrações turísticas
Além do setor industrial, o turismo é outra importante atividade econômica para a
Turquia, país com paisagens naturais e culturais exuberantes.
Sua mais importante cidade, Istambul, ao longo do tempo, foi sede de diferentes
impérios e acumula diversas construções históricas.
A região da Capadócia, formada por um planalto de montanhas rochosas, esculpidas pela
erosão durante milhões de anos, está localizada na parte central do país. O passeio de balão
sobre essa região é um dos atrativos do local.
Além disso, as praias do
Mar Mediterrâneo e as
piscinas naturais localizadas
ao sul de Istambul também
são pontos turísticos
atrativos para quem escolhe
a Turquia como destino.